Bolhas de sabão

Meu pequenino, filho tão amado,

Minha vontade é estar sempre ao teu lado

Para ouvir teu contagiante gargalhar

Ou contigo, alegremente, brincar.

Os compromissos com meu trabalho

Exigem de mim um tempo a ser dedicado.

Mas faço de tudo para te ver feliz,

Mesmo que, para isso, eu me afaste um pouco de ti.

E nas horas em que a Fada Saudade vem me visitar,

Eu a convido animadamente a conversar.

Ela me faz lembrar dos doces momentos de outrora,

Momentos que guardo no peito e na memória...

Os dias festivos e ensolarados,

Nos quais brincávamos no quintal...

Os dias em que dormias em meus braços,

Quando eu te ninava de forma angelical...

Os dias em que as paredes eram como quadrinhos

De uma revistinha escrita por ti...

Como dói, meu filhinho,

Não te ter perto de mim!

A Fada Saudade, emocionada,

Descobre a solução:

“Voes, de forma encantada,

Numa bolha de sabão!”

Surpresa, eu respondo com alegria:

“Nunca imaginei fazer isso um dia!”

A Fada Saudade recomenda com euforia:

“Vai até teu filho para lhe fazer companhia!

Sopra uma bolha com todo o amor do coração,

Mantendo seu filhinho na imaginação.

Quando a bolha começar a flutuar,

Para dentro da bolha, o encanto te conduzirá.

Voarás pelo céu, alegremente,

E cantarás com os pássaros docemente!

De plena felicidade será o teu caminho

E, assim, chegarás ao teu pequenino.

Ele verá a bolha colorida

E lembrará da mãe tão querida.

Quando a bolha chegar bem pertinho,

Poderás abraçar o teu filhinho”.

Então, soprei a bolha com muito carinho.

Pois, a cada momento, pensava em meu menininho.

Ela cresceu e cresceu, flutuando no ar.

De repente, eu já estava lá!

Como é bom voar pela imensidão

E, com os passarinhos, entoar doce canção.

Ainda melhor é estar bem juntinho

De meu amado filhinho!

Oh, filho, de longe eu vim até aqui

Só para dizer que nunca esqueço de ti!

Meu amor, receba meu caloroso abraço

E se lembre-se de que, por ti, tudo eu faço.

Meu docinho, em meu colo, vou te aconchegar,

Para suavemente te ninar.

E com alegria inefável cantarei para ti

O poema que, em tua homenagem, escrevi:

“Dorme, pequenino,

Meu anjinho, meu amor.

Todo o meu carinho

Vai contigo aonde for.

Feche os olhos bem fechados,

Pois o sono quer chegar.

Durma agora, sem demora;

Já é hora de sonhar.

Em teus sonhos e aventuras,

Ao teu lado, vou ficar.

Em teu mundo encantado,

Nós iremos viajar.

Dorme, pequenino,

Meu anjinho, meu amor.

Todo o meu carinho

Vai contigo aonde for.

Te acompanho como um anjo

Guardião, protetor.

Brincando entre as nuvens

Te cobri com o meu amor”

Pode dormir tranquilo, meu docinho,

Pois meu amor nunca te deixará sozinho.

E, mesmo quando o Papai do Céu me chamar,

Pedirei que Ele me transforme em anjo para te guardar.

Quando ouvires o canto dos passarinhos,

Saiba que estarei pertinho.

Sempre que vires bolhas de sabão,

Lembre-se de que o carrego no coração.

Da mãe que te ama.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 19/03/2015
Reeditado em 19/03/2015
Código do texto: T5175488
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