Monstro em mim
Se eu fosse capaz de
diminuir o monstro em mim,
caminhar livremente sem esse amor,
que machuca sem fim.
Se eu fosse uma criatura
que soubesse conviver com isso,
com essa chama ardente
e, nem desse por isso.
A vida cheia de amores,
que eu não posso experimentar,
qual prisão que me encontro,
mercê de amar.
Meu bom e pálido coração,
pulsa sozinho,
sem a paixão,
sem o ninho.
Todas as madrugadas:
calafrio,
febre da ausência,
ar sombrio.
Livre-me do monstro
da espera,
ajude-me a viver
à quimera.
Absolva-me do pecado
de querer-te tanto.
Fuja de mim, invisível
em seu manto.
atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 20/09/2005
Reeditado em 27/09/2005
Código do texto: T52158