CRISÁLIDA

Deixe-me em paz

Não quero ser culpado

Pelo nunca mais

Não quero o pesado

Fardo que carregas

O vento te transpassa

E derrete sua pele

Você com a navalha

O rosto inverte

Não mais sorri ou pisca

Perdeste os trejeitos

Que eu tanto amava

Não mais te arrisca

Vindo amor tranca o peito

E fere a dor a própria brasa,

Incendeia a alma

Espalha as cinzas

Nas paredes da tua casa,

Eu não te reconheço

Nessa tua casca

Sua crisálida te envelheceu...

Tudo que eras resta em mim

Que sou todo jardim

Verdejes as flores

Abra suas asas para o céu

Até lá ficarei ao teu lado

Mas não sou obrigado

a lidar com nada além

das minhas esquizofrenias!

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 27/04/2015
Código do texto: T5222416
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.