Navalha de Insensibilidade

Não me olhes assim! Quebrou-se o encanto

Agora não passas de mulher da vida

A alma de princesa foi sucumbida

Quando te desfloraram em algum canto...

À minha indiferença tu reages com espanto?

Ora, o que esperavas? Insidiosa prostituída

Em minha alma abriste uma ferida

E meu coração condenaste ao pranto!

Termine o que começou, criatura vulgar!

Com tua navalha de insensibilidade, rasgue meu peito,

Mate-me com as flechas de teu imundo olhar...

Tu és os restos que os vermes humanos consomem

Do que outrora fora uma mulher de respeito

E que agora é devorada com desacato, por qualquer homem...

Solfieri Jr
Enviado por Solfieri Jr em 21/09/2005
Código do texto: T52550