No meio da noite
toca a mão ,um violão sem cordas
recita para a parede de sombras
um falar que não ecoa nas lágrimas
este lamento do coração
hortelã na boca
não pertence ao céu
não pertence ao mar
sinto que vai pelo campo
som de um trovão caminhando
nuvem alta cobrindo a lua
venha para mim. Poesia!
estou em paz com o universo
carrego nos olhos castanhos
a crueldade das batalhas
e a frieza do tempo
sei quanto vale o amor
não peço para ser bom
sou o homem que sou
herança do passado
a pele vibra no vento
o vento que bate na porta
apenas emoção
sem significado