Com a mão manchada de tinta
escrevo um louco poema
porque a razão não será companheira
nas andanças e arruaças,bebedeiras e folias
tudo o que quero
é não ser um anônimo
um copo a mais na boca da meia noite
um corpo jogado numa cama de hotel
a literatura é uma carroça
virada na estrada
com todos discutindo
onde enterrar o cavalo
se varrerem o chão
onde deixei toda a sujeira
espalhada com as folhas secas
já esta bom demais
o que você quer esquecer
jamais se esquece
o que você quer acontecer
não acontece,apenas desaparece