MOÇA DOS MEUS VERSOS
Recorro-te neste dia de Inverno
Com codinome de Alberto
Sem saber ler nem intencionando ser lido.
Percorro o teu límpido pensar
Mais estável que a amoreira no quintal
Meu limbo, que me é jantar, ouso recusar.
Para mim, neste dia, importam as linhas gordas
Os gestos invisíveis, a cor vermelha que cintila
Teu brilho a me atenuar tais dores.
Falseio diante dos holofotes
Como pétalas de gerânio a purificar a alma
Quanta alma!
Inverto todo o penar de chorume e velas
Nas alamedas, busco lendas
Ao rés dos dias, ao pé do dia.
Nossa! Tenho-a em resistente antígeno, moça
Meu verificar me alerta contra falsos suspiros
Descolam-me as retinas saudosas e se emaranham.
No vigor do dia
Na amplitude que escoa próximo de abluir o vício
Não perto da escola que escuto, eu por perto.
Cada vez mais instinto me lambe
Cada seis mais sete ao meu lado
Cada cume mais eu a me sentir: Alberto.