Amo-te ainda mais

A triste passagem dos dias,

O fim de toda esperança,

O fim do fogo que ardia,

As cinzas que restaram das lembranças...

A dor que marchou altiva, imponente,

O amor que foi traído pela ilusão,

Uma paixão cruel e inconsequente,

O choro de uma alma abandonada na escuridão...

Um grito sufocado pela indiferença,

Uma saudade que envenena todo sonho,

Um amor que machuca e condena

A um viver solitário e tristonho...

Grão a grão, a areia escorre na ampulheta.

O mundo gira e nada é como antes...

Sensações são fugazes, passageiras,

Apenas o amor é constante.

Ressentido, magoado, esquecido, ignorado,

Ele ainda existe, ainda que abandonado.

Por mais que me faça chorar,

Sei que tudo ele pode suportar.

Amor inabalável,

Amor infinito como o universo,

Amor de valor inestimável,

Amor que constitui cada verso.

Amo-te ainda mais, Dono de mim,

Não tenho como negar essa verdade.

Esse amor transcendente não tem fim,

Ecoará suas vibrações pela eternidade.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 01/11/2015
Reeditado em 20/08/2017
Código do texto: T5434533
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