Palácio de Vênus
Eu que já estive com sono
Agora durmo na calçada do tempo
Onde os senhores do palácio sem dono
Vêm adorar a deusa Vênus
Eu que já conheci duzentas virgens
Agora escolho as flores que vão enfeitar
O meu casamento com o destino
Que me afasta das duzentas idéias libertinas
Eu que nunca andei no vento
Agora subo as escadas pelo parapeito
Que conduzem ao céu tingido de vermelho
Onde sinfonias rosa pairam pelo ar sublime
Eu que achava ser fábula
A história dos homens semi-deuses
Hoje escolho pela imortalidade ou a sagacidade
Pois o amor é a flauta rosa de Vênus