Palácio de Vênus

Eu que já estive com sono

Agora durmo na calçada do tempo

Onde os senhores do palácio sem dono

Vêm adorar a deusa Vênus

Eu que já conheci duzentas virgens

Agora escolho as flores que vão enfeitar

O meu casamento com o destino

Que me afasta das duzentas idéias libertinas

Eu que nunca andei no vento

Agora subo as escadas pelo parapeito

Que conduzem ao céu tingido de vermelho

Onde sinfonias rosa pairam pelo ar sublime

Eu que achava ser fábula

A história dos homens semi-deuses

Hoje escolho pela imortalidade ou a sagacidade

Pois o amor é a flauta rosa de Vênus

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 03/10/2005
Reeditado em 03/10/2005
Código do texto: T56117