Eu, que não soube amar,

Eu, que não soube amar,

Silenciei para não ferir.

Mesmo podendo falar,

Optei por apenas ouvir.

Eu, que não soube amar,

Preferi a paz de consciência.

Mesmo podendo brigar,

Da luta quis abstinência.

Eu, que amar não soube,

Por falta de espaço, em mim não coube

O ego que alimenta a vida.

Assim, de si mesmo desfeito,

Rebentou-se o amante peito

E, amando, sorriu na despedida.

Cícero - 04-05-2016

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 12/05/2016
Reeditado em 13/06/2016
Código do texto: T5633607
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