Não sei...
E quando souber
Farei o favor de avisar a Vida
Para me fazer amar de verdade
Mesmo que a Verdade
Venha nua e crua
Feito a solidão da lua
Contemplada por um ébrio
Do meio da rua,
Achando que a noite é toda sua...
É, eu não sei...
Se o que está comigo é amor de verdade
Ou se o destino me prega uma peça
Talvez por pura maldade.
E mesmo que eu meça
Metro por metro
Não chegarei nem perto
Do tamanho exato do verso...
Então eu não sei;
Continuo nesse poema incerto
Caminhando ora para frente
Ora para trás;
Ora procurando gente
Ora procurando paz.
Eu não sei...
Não procurei saber...
Acho que não quis...
Pois quando souber,
Creio que não serei mais feliz...