Não sei...

E quando souber

Farei o favor de avisar a Vida

Para me fazer amar de verdade

Mesmo que a Verdade

Venha nua e crua

Feito a solidão da lua

Contemplada por um ébrio

Do meio da rua,

Achando que a noite é toda sua...

É, eu não sei...

Se o que está comigo é amor de verdade

Ou se o destino me prega uma peça

Talvez por pura maldade.

E mesmo que eu meça

Metro por metro

Não chegarei nem perto

Do tamanho exato do verso...

Então eu não sei;

Continuo nesse poema incerto

Caminhando ora para frente

Ora para trás;

Ora procurando gente

Ora procurando paz.

Eu não sei...

Não procurei saber...

Acho que não quis...

Pois quando souber,

Creio que não serei mais feliz...

Elias Araujo
Enviado por Elias Araujo em 15/07/2007
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