MEU PRIMO PAULO

Teus bigodes louros

embaciados de fumo.

Ora,

por onde olhas hoje,

Paulo,

o teu azulado olhar

perdido

e maluco?

Céus,

caso existam por aí,

após uma vida de paradigmas esquizos,

das bifurcações forçosas

e delírios capitais.

Entre barbitúricos planos inaudíveis,

estás.

Por hora,

vigia-nos

de celestes

quintais aromáticos,

entre os jardins de trombetas,

ervas,

lírios,

campos de cogumelos.

À imensa beira do tudo,

Decifrando terrenas incógnitas,

polindo-se a traduzir nebulosas,

em meras páginas de sedas,

ao BRILHO de tua coroa nórdica.

Fez-me lisonjeado à lembrança de primo,

que hoje se banha em lentos rios de chás,

seguindo, seguindo,

fazendo alguma coisa feito nada,...

DAIME tua benção,

menino lindo!

(RODRIGO PINTO)