AMOR, ENSINA A ESCREVER

Meu amor me ensina a escrever

A folha em branco me assusta

Eu quero inventar dicionários

Palavras que podem tecer

A rede que você descansa balança e os sonhos que tiver

Palavras trancadas

Calando e querendo dizer

Preciso escrever

Passo acertado

Num ritmo acelerado

Vento corta a pele

Mas o coração por dentro resistiu

O sol lá fora é novo mas você não viu

Me prova, me enxerga, me sinta, me cheira

E se deixa em mim

Ao escutar ao pé do ouvido, todos seus sentidos

Que me afeta ao querer sua saudade

Sorriso colado, beijo furtado

Eu te encontro na curva do seu ombro, no aroma do seu perfume, na textura da sua boca e na luz do teu cabelo

Tão singular

Enfeita todos os meus dias e horas

Encontro particular

E ao parar pra escutar e admirar

Cada um tem sua história

Só quem viveu pode contar

E o que não é possível

É possível que ainda esteja lá

O sempre não é todo dia

O passado é diferente na memória

O certo é o que vira

Abre a porta da alegria e deixe entrar

A minha vida é mais singela quando tenho alguém pra chamar de vida

Lindbergh Afonso
Enviado por Lindbergh Afonso em 21/09/2016
Reeditado em 21/09/2016
Código do texto: T5768426
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