Amor atemporal.

Não façamos uso de palavras para expor nossas almas nuas.

Bem sabes que não preciso delas para te ouvir e conhecer.

Peço o teu silêncio para ouvir tua alma,

o pulsar do teu sangue,

o batimento do teu coração junto ao meu.

Quero te sentir como o fazem os animais,

as narinas trêmulas buscando teu cheiro,

feito os primatas sintonizados na natureza.

Não precisamos de nomes para nos comunicar.

Façamos como no filme Ultimo Tango em Paris,

urrando e gemendo

e sussurrando palavras ininteligíveis

enquanto o amor se faz em nós e nós nos façamos no amor.

Sejamos banda larga, wireless,

vamos dispensar os protocolos,

os fios, os complexos sistemas.

Não, ainda não é o bastante.

Quero-te telepaticamente,

sem intermediários,

sem tempo nem espaço,

planando no infinito das almas

finalmente unidas pelo amor.

Jeanne Geyer

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 23/12/2016
Código do texto: T5861765
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.