andei pelas avenidas

andei pelas avenidas

até minhas pernas se confundirem

com o asfalto.

ouvi as vozes de amigos desaparecidos

e de antigas paixões

perdidas num passado distante.

tantos anos, tantas mudanças,

tanta coisa mudou.

mas tudo permanece tão igual

reverberando nas paredes.

à noite vi o meu reflexo no espelho

e não reconheci meu próprio rosto,

somente meu olhar vazio.

eu podia sentir o sangue

em minhas veias

tão negro e tóxico

como a chuva ácida

que cai sobre as ruas de são paulo.

caminhei por ruelas, becos e travessas

seguindo o eco de meus próprios passos

para tentar fugir de mim mesmo

e encontrar um refúgio

profundo e escuro.

despi qualquer desesperança

que ainda restasse,

deixei o momento calar.

deixei a manhã chegar

para esquecer os relógios,

os infernos e os paraísos.

Poema do livro Amores Possíveis

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