Realeza dos encantos
A cada dia eu vejo a sua alma mais bela
Eterna alteza dos meus olhos inebriados
Quebrados e inalterados na simples tela
Ciscando as pontes do meu pensamento
Na gradação da audição tem o seu vulto
Eu exulto a alma dos seus beijos ocultos
Um pigmento da saudade que vai acima
Entre os corcovados do ápice da chama
Quente e loucamente, ela não é paciente
Não espera o dia raiar para cantar e amar
Na alegria das flores abertas como gente
Sem tumulto, eu não insulto este inculto
Evitando tais asneiras nas letras da língua
Que brotam na aragem das palavras livres
Por isso canto a ternura das rosas na boca
Aferrando o grau desse catalizador achego
Embirro entre os ocasos invernadas da lua
E na sua companhia, é toda a minha ledice
Vestir o laço amoroso e gostoso do cafuné
Que vem do planalto das cores da atenção.
Se a margem sentimental é o acolhimento
Sai nas calculadas de cada estrada graçapé
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Recebo na minha escrivaninha, o exuberante soneto do poeta Jacó Filho que com maestria construiu esta linda obra.
Desde já o agradeço.
ENCANTADO POR TI
Rendi-me ao teu encanto, desde que te vi sorrir,
E levado ao paraíso, vi onde a felicidade mora.
Os segredos e fascínios, que só um cego ignora,
Mas quem ama os reconhece e jamais vai desistir...
Desse encanto poderão vir as dores e queixumes,
Porém traz como flores, pra vida ser percebida,
Da beleza fulgurante feito uma estrela atrevida,
As cores com um feitiço, modulando teu perfume...
Mas se da paixão vencida vier o amor verdadeiro,
E esse encanto persistente se tornar consciência,
Prometo que será tua, toda esta minha inocência...
Ainda canto em poemas, que és meu amor primeiro,
E declaro meus pecados sanados por indulgências,
Que só nós temos direito com beijos e reticências...