Alguém que o amava

Um poeta como eu

Achou que amando tinha o mundo

Desiludido, esteve à beira da sorte

Quase morreu moribundo

Mas resistiu, e um dia alguém lhe sorriu

Que dor ele sentiu com esta caridade!

O poeta, como eu, sorriu de volta

Mas por dentro nasceu a tempestade

Achou que tinha o mundo

Mais uma vez, desiludido, buscou sua fortuna

Quase morreu desidratado

Mas as lágrimas cessaram antes do infortúnio

Quando já terminadas suas forças

Esperava o momento da hora amarga

Então apareceu-lhe alguém que entregou seu mundo de volta

Alguém que o amava...

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 13/10/2005
Código do texto: T59403