GANHOS E PERDAS
Ontem eu vi uma flor nascer.
Estava ali tão cheirosa que sua beleza contrastava com os raios do sol
Que não se cansava de reluzir e traduzir no âmago do dia,
A paixão exacerbada da natureza.
Passou-se um tempo e até o sol se recolheu mais cedo.
Aí, a emoção tomou conta da vida daquele que escrevia belezas.
Era como se estivesse vendo uma fotografia,
Que de tão antiga, se tornara amarelada.
Era como se estivesse vendo o desenho mágico da silhueta natural,
Algo maravilhosamente belo que se esvaia.
Derrepente, algo dobra a esquina da vida.
Não houve tempo de ouvir a doce voz daquela menina.
Nem tão pouco presenciar o último espetáculo da terra.
Hoje eu vi uma flor morrer...