Bússola
Havia paixão em teus olhos
Havia paixão em teus braços
E em cada centímetro de ti.
Da minha negação à tua obsessão incessante,
Leu-me, completamente.
Talvez tua coragem em me desafiar
E insistir, despindo me com os olhos:
- Não hei de querer outra mulher
E intervir- minhas mãos estão em ti agora
E nem que queiras, poderá- las tirar.
Cá estou eu, vítima do que desconheço
Da parte que tu escondes, perfeitamente
Por detrás das tuas breves histórias e costas bárbaras
Talvez culpa da bússola que tatuaste no braço
Ou no peito.
Talvez seja você mesmo. Magnificamente como deduzo ser
Que negou- se a tirar os olhos e as mãos de mim naquela noite
E nega-se até hoje, em sair dos meus sóbrios pensamentos.
Deixa eu te mostrar meus textos,
Meus versos apaixonados, impassíveis,
E insensíveis
A forma como tu aparece em cada um deles, em cada palavra disposta
Recuperando meu fôlego e minha inspiração
Até então, desafiadamente perdida.
Deixa eu te mostrar como eu ainda guardo o teu sorriso,
Na minha breve memória, da nossa curta dança
Onde suados desenhamos o cenário,
De como o tempo para
Quando infinitamente sentimos o amor
Por alguns segundos.