COLUMBÁRIO

Adentro o antigo santuário,

Onde ainda exala o aroma de jasmim.

Levo nas mãos o columbário

Com as cinzas do amor que já senti.

As paredes do templo narram nossa história...

Aos poucos, elas estão ruindo.

Mnemósine me levou à fonte de nossa memória

E vi que nosso laço foi se destruindo.

Morfeu veio até mim para que eu sonhasse contigo

E, pela última vez, pudesse contemplar teu olhar.

Mais uma vez, em teus braços, encontrei abrigo:

Era um sonho do qual não queria acordar.

Nossos corpos se atraíam mutuamente...

Nosso amor era nosso infinito laço.

Era uma sintonia de coração e mente,

Era a sensação de estar sempre ao teu lado.

Acordei e vi nosso relicário quebrado

Morfeu e Mnemósine foram embora.

Outra vez, com o coração dilacerado,

Minha alma triste e desesperada chora.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 28/06/2017
Código do texto: T6040271
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