AMOR ANÔNIMO

A Ana Maria Negreiros

A crítica atacará meu amor

mas não o atingirá.

A poesia abrigará minha paixão desabridamente

e lhe servirá vinho e palavras

na bandeja da inspiração

com a plenitude do Saber.

E meu amor não precisará intimidar-se,

porque estará pleno e belo

para que todos vejam.

Será presente, no sorriso da amada,

nos lábios que se oferecem ao beijo,

nos olhos que brilham fáceis,

nas maças rosadas das faces morenas,

no afago do abraço romântico

e nas palavras picantes ao pé do ouvido mouco.

Será presente, presente sempre,

desde a aurora até o por do sol desta paixão

pela aventura e pela sensualidade – se de fato

nossos corpos ansiarem ardentemente este inexplorado amor.

Meu corpo atenderá o seu e o seu o meu.

E a poesia se fará intensa em nossos corpos nus

e sacudirá todos os limites deste hemisfério fecundo de amor.

A crítica perguntará ao meu verso e ao meu amor

se eles fazem parte de alguma escola literária

sem se dar conta que uma simbiose sideral os une

e milhares de vozes ecoam neste Universo.

Aqueles que amam sem amarras hão de se encontrar em meus versos

e saber que a poesia é linguagem universal de amor.

ALEX GUIMA
Enviado por ALEX GUIMA em 15/08/2007
Código do texto: T608245