No outono de teu silêncio ainda te amo

Baby, onde quer que eu vá,

teus olhos sempre estarão comigo,

talvez o amor seja uma grande ilusão,

um erro que tentamos mal e fracassamos,

o motivo das muitas lágrimas derramadas,

as noites de insônia deitadas à lua,

mas se isso for o que nos resta,

saiba que jamais esquecerei teu sorriso,

o brilho de teus lábios dizendo coisas bobas,

mesmo que nunca tenhamos dito adeus,

apenas seguido em frente sem olhar para trás,

eu sei dos passos em falso que dei e os lamento,

e se algum dia ouvires uma música que nos lembre,

não desligue o rádio, pois pode ser minha dedicatória à ti...

Dirá o refrão:

"meus dias são mais pobres sem ti,

minha vida mais curta sem tua presença,

meu coração mais lento e triste nessa tormenta,

e cada batida na porta me traz novas esperanças,

quem sabe tu encontres o caminho de volta para meus braços..."

Baby, onde quer que você esteja,

haverá sempre um pouco de mim em ti,

e muito de ti em mim para sempre,

mesmo quando o sofrimento habita nossas almas,

mais forte é o amor que sentimos mesmo à distância,

aquele fervor que recusamos tempos atrás,

aquela poderosa emoção que teima fincar raízes,

em beijos que não se perdem no frio das estações,

em abraços trocados em um mundo paralelo,

onde nossos pés ainda se aquecem na lareira,

quando tuas indecisões foram sopradas para longe,

e meus tropeços amparados por teu calor,

por isso se algum dia escutares no vento um "eu te amo",

sorva minha paixão que resiste ao outono de teu silêncio...