Casa do meu amor

Queria de harmonia encher-te a vida,

Mas não quiseste, preferiu entregar-se ao ego,

Preferiu chafurdar-se na mentira, entregou-se à vaidade,

Rendeu-se à indignidade; praticaste a lampana.

És menina, e por isso me fizeste perder a fé na humanidade

Fizeste de mim o teu ludibrio; o palácio de suas fantasias

Fui experimento de sua hipocrisia, tens demagogia.

Ora, o mundo é mesmo uma grande orgia

Quimera, me fizeste ter, deleitou-se em um mundo onírico.

Não acreditas no verdadeiro Eu lírico.

O anel cujo dei a ti, hoje, está esfacelado no chão

A ti, era de vidro; não aguentou o pecado da carne.

Proporcionaste a mim um verdadeiro escarne

A ti, mostrei a verdade; você, a falácia

Me fizeste ir além dos limites da audácia

Não conheces a honradez, nada sabes sobre hombridade,

Falta em ti onerosidade e, também, o ônus do amor.

Amo-te e, ao mesmo tempo, odeio-te

Em ti, ainda há um resguardo,

Este está guardado em um armário em algum quarto;

Mesmo que sejas a casa de minha desgraça.

Bruno Godoy
Enviado por Bruno Godoy em 13/12/2017
Código do texto: T6197793
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