Inocência

A urgência dos meus poros

Que soam como melodia

Libertos de uma inocência vigiada

De uma redoma cuidadosamente

Quebrada

Meu prazer torpe no meio da madrugada

Tem dias que nada me resta

Nem os segundos teus ao meu lado

Nem o silêncio das línguas cansadas

Nas sobras das velhas manhãs

Às vezes nem tudo me sobra

Finalizando algo que não estava errado

Frágil como uma criança

De olhos arregalados

Aumenta minha angústia

Só para te encontrar

Pra te ganhar

Eu finjo não ver o mundo que passa

Nem os erros que cometi

Talvez eu seja mesmo assim

Camila BV
Enviado por Camila BV em 23/10/2005
Código do texto: T62768