Inocência
A urgência dos meus poros
Que soam como melodia
Libertos de uma inocência vigiada
De uma redoma cuidadosamente
Quebrada
Meu prazer torpe no meio da madrugada
Tem dias que nada me resta
Nem os segundos teus ao meu lado
Nem o silêncio das línguas cansadas
Nas sobras das velhas manhãs
Às vezes nem tudo me sobra
Finalizando algo que não estava errado
Frágil como uma criança
De olhos arregalados
Aumenta minha angústia
Só para te encontrar
Pra te ganhar
Eu finjo não ver o mundo que passa
Nem os erros que cometi
Talvez eu seja mesmo assim