O outro lado do Amor
Ás vezes, Amar é abrir mão
Embebedar-se com a solidão
Mesmo sem querer, dizer não
Ignorar a voz do coração.
Ás vezes, Amar é propositalmente perder
Omitir muito do que quer dizer
Fingir que será fácil esquecer
Disfarçar o tanto que vai doer.
Às vezes, Amar, é tomar para si o papel de vilão
Aceitar calado toda e qualquer condenação
Chorar silencioso no catre na prisão
Fingir que a verdade foi ua mera ilusão.
Ás vezes, Amar, está além do que pode ser vivido
É soltar o que não quer ser desprendido
É colocar o outro na direção e vagar perdido
É sendo altruísta , ser visto como bandido.
Ás vezes, Amar é ter tudo e optar pelo nada
É voluntariamente sair da estrada
Declamar poemas para a lua na madrugada
É, por excesso de Amor, fazer a escolha errada.