Fogo, rancor e alma
Verte o fogo que há na alma
o rancor que nos suaviza;
E assim o amor vai se resvalando afetuoso
como a brisa numa fagulha,
Ateando fogoso
a chama da emoção,
Que incendeia a secura do campo
Estiado no coração.
...e a alma ao vê-lo exasperado,
Caminha em convulsão,
Antecipando o resgate inconveniente da noite
Aos teus braços.
Trazendo sonhos,
em recipientes embalados,
Devidamente decorados,
Para ser um presente misterioso e inaudível;
Pois, a musica toca o coração,
e a flama nos preenche sem passar pelos ouvidos,
Compassando à distancia essa musica errante,
Irremediavelmente lenta e doce
em suas caricias,
Adentrando o meu ser repentino.
Que assim, vai rompendo as amarras do destino,
Quando sutilmente transforma-nos em energia,
Balançando as folhas
e arremetendo a ventania,
Transcendendo o teor da madrugada,
Com uma mistura quente e fria,
de sentimentos.
Escritas em mim como tuas palavras,
Correndo na certeza,
de que, claro como é o dia,
Igualmente, seguirá a correnteza desse regato,
Rompendo as margens da ilusão;
Fascinada mais uma vez
pelo eloquente balanço do mar,
Ao qual se fez par com a nevoa de manhã,
ao respirar o perfume das ondas,
Desiludidas com a maciez das flores,
Adentrando o oceano com a doçura do teu rio,
que mesmo sendo frio,
Exala o calor que nos inflama a grandeza do amor.
https://www.youtube.com/watch?v=Z_YmsAYBvXE
Alphonse de Lamartine
“O verdadeiro amor é o fruto maduro de toda uma vida.”
― Alphonse de Lamartine
https://www.youtube.com/watch?v=upDUqCjx6A8