A LIBERDADE DE AMAR
       
  (José Ribeiro de Oliveira)

As águas do rio descem fibrilando as ondas,
Com a ribanceira solitária a contemplar.
E os dias passam como essas ditas ondas,
Não se repetem, vão pra nunca mais voltar.

E as nossas mãos não se encontram,
Nossos corpos não se acham,
O nosso amor vai passando,
E as nossas almas rechaçam.

A vida, efêmera, não para,
E eu não encontro o teu colo,
Não vejo a luz do teus olhos,
E nem no teu ombro choro.

É um amor que se perde,
Que a distância consome,
Nossos desejos se frustram,
E a alma não mata a fome.

Como é preciso viver,
Amar, então, é vital.
Como preciso te ver,
Não é um querer banal.

O amor não deve esperar,
Pois é único cada instante,
O amor é pra se amar,
Não se ama relutante.

Amanhã é um novo dia,
Que eu quero te amar também,
Mas hoje não nos amamos,
E se o amanhã não vem?

O amor é uma centelha,
Que escapa de um olhar.
É gerada por desejos,
Que brasam e faz queimar.

Quantos dias já se foram,
Por que tem que ser assim?
Que só te tenho na mente,
Quero este amor presente,
Vem, traz teu amor pra mim.

Eu até já construí
Pra nós um belo jardim,
E nele meu o coração clama,
Não te demores tanto assim.
O meu peito está em chamas,
Vem, e traz teu amor pra mim!
Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 05/06/2018
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