PODERIA SER VOCÊ, MAS VOCÊ NÃO FOI!
Você
é a canção
que eu canto sozinho, pela estrada afora;
é a poesia
que escrevo com letras douradas nas paredes do meu coração;
é a saudade
que guardo trancada dentro do peito, só para eu saber o que sinto;
é a piada alegre,
rida e decorada, que eu rio sozinho quando lembro, feito louco caminhando entre a multidão anônima;
é o contentamento
de ler as mensagens enviadas, mesmo as repetidas, de dias atrás;
é a espera
tão esperada com medo de não você não chegar;
é a brincadeira
divertida ou até sem graça que só nós conhecemos e entendemos;
é a bronca
dada pelas coisas “não-feitas” ou malfeitas ou esquecidas de fazer;
é o refrão
daquela música em inglês que não entendo muito, mas canto para lembrar de você;
é o trecho
de uma estrada qualquer, de um rio qualquer, por onde passamos juntos;
é uma frase de amor
rabiscada nos muros caiados de uma cidade do interior;
é a fome de viver
à qual eu alimento todas as manhãs, quando olho seu retrato no protetor de tela do celular
e digo: Bom dia, saudade!