DESÍGNIOS DO AMOR

Pediram-me certa vez, para falar um pouco sobre o amor
Julgaram-me, por ser um poeta, uma pessoa apta, capaz de desvendar seus mistérios
Sentaram-se ao meu redor, e aguardaram que eu me pronunciasse
Por dez minutos fiquei ali calado
Estávamos em um bosque, em meio as mais belas arvores
O colorido dos pássaros, e de lindas flores
Avia também uma leve brisa fresca que cortava o ar
Podíamos até senti-la tocar, a nossa pele
Em um momento pedi que todos pechassem os olhos, e se imaginassem no topo de uma montanha, e lá, de olhos abertos, buscassem o horizonte, e nele fixassem o olhar em um grão de areia
Eu sabia que seria impossível tamanho feito
Que assim como o grão de areia, amor também não
poderia ver avistado no horizonte
Na verdade, ele está bem pertinho de nós
Ele está diante de tudo que vemos, e sentimos aqui nesse bosque, expliquei.
Vem não sabemos de onde, chega como a brisa fresca.
Em silencio todos caminharam para seus lares, conscientes de que, o amor está na forma em que olhamos para tudo que vemos
O amor brota em nosso olhar, porem nem sempre no olhar de quem nos olha, em fim, não precisamos busca-lo tão longe
Ele está nas flores, na brisa fresca, no como olhamos para
o outro, no sentido de nossas palavras, e no que sai de nossas bocas.
Fiquei ali, por mais alguns instantes pensando, e cheguei a conclusão de que, não tenho, e nem poderia ter a pretensão
De desvendar os mistérios do amor, afinal de contas, quem sou eu, um relhes ser humano, para desvendar os desígnios do amor.

Igor Rodrigues Santos
Poeta Igor Rodrigues Santos
Enviado por Poeta Igor Rodrigues Santos em 14/11/2018
Reeditado em 14/11/2018
Código do texto: T6502563
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