BORBOLETAS DO JARDIM DO CERCO
29 - Borboletas do jardim do cerco
Entre canteiros de rosas variadas,
de amores-perfeitos de um belo jardim barroco,
planeávamos o nosso futuro no presente,
tão perfeito era o nosso amor.
O Jardim do Cerco, testemunhava,
nossos acertos para um viver juntos,
jurávamos nunca nos separar,
essas juras foram quebradas depois.
Borboletas sobrevoavam o jardim,
a passarem por mim, como a me sondar,
pareciam festejar o amor, que parecia não ter fim,
a felicidade estava explicita em mim.
A nora centenária do Jardim do Cerco,
simbolizava a firmeza, a valia daquele amor,
eu pensando, quantos bem-amados, haviam ali jurados como nós,
viver um amor tão grande assim, e tudo acabou.
Aquele momento, não me sai do pensamento,
como esquecer momentos assim,
jamais sairão da minha mente, continuarão no meu coração,
a lembrança de ti, sentado naquele banco de jardim,
Passados alguns anos, a saudade ainda machuca o meu coração,
ainda se mantém aberta a ferida, que não sarou,
jamais esquecerei aquele encontro que cruzei fronteiras,
um amor que com certeza durará minha vida inteira. Platônico amor.
Poesia ao Jardim do Cerco – Mafra - PT
Neide Rodrigues, poetisa potiguar, em 16/11/2018