As minhas virtudes

Auréola boreal do dolo

Transgredindo o sol do outono

Violando o sono

De um inferno santo

Omite a razão

A noite é rápida

O fogo apaga

A escuridão

O vento urge

A triste voz contundente

Da culpa que faz o inocente

O maior de todos culpados

Sempre se é cego

Quando não se vê o passado

É cinza quando a hora não passa

Falsa promessa

Que exala

Às vezes te olho

Provido de forma

Encontro amor nos teus olhos

Encontro fervor de um garoto

Nos lábios que eu fiz homem

Na mira de um alvo

Estamos a salvo

De apenas nós dois

À noite me corroia a áurea

Visão de um amor pálido

Que a imensidão de desejos aterra

O corpo que a alma encerra

Repousa sobre os braços

Teu leito

Perfeito

Suores

Mortalhas

Encontro à paz absoluta

Conjuga a forte vastidão de saudade

Que padece enferma no peito

Da insônia que atormenta o escuro

Da lembrança que mendiga tristeza

Meu amor só guarda a certeza

Que meu futuro

É tua felicidade

Camila BV
Enviado por Camila BV em 29/10/2005
Reeditado em 29/10/2005
Código do texto: T65104