As minhas virtudes
Auréola boreal do dolo
Transgredindo o sol do outono
Violando o sono
De um inferno santo
Omite a razão
A noite é rápida
O fogo apaga
A escuridão
O vento urge
A triste voz contundente
Da culpa que faz o inocente
O maior de todos culpados
Sempre se é cego
Quando não se vê o passado
É cinza quando a hora não passa
Falsa promessa
Que exala
Às vezes te olho
Provido de forma
Encontro amor nos teus olhos
Encontro fervor de um garoto
Nos lábios que eu fiz homem
Na mira de um alvo
Estamos a salvo
De apenas nós dois
À noite me corroia a áurea
Visão de um amor pálido
Que a imensidão de desejos aterra
O corpo que a alma encerra
Repousa sobre os braços
Teu leito
Perfeito
Suores
Mortalhas
Encontro à paz absoluta
Conjuga a forte vastidão de saudade
Que padece enferma no peito
Da insônia que atormenta o escuro
Da lembrança que mendiga tristeza
Meu amor só guarda a certeza
Que meu futuro
É tua felicidade