Rabo de Sereia

Olhos cor de avelã

Têm íris suavemente verdes

E um Sol brilhando no centro, um pouco marrom

Num corpo com rabo de sereia pagã

Que no movimento alucina as mentes

Desvelando os segredos até de maçom

Não há criptografia, nem chave secreta

Quando se está sob os carinhos de uma mulher

Ela lhe escancara a porta, deixando sua alma aberta

Primeiro, porque não há diferença

Entre a cama do quarto e o sofá da sala de estar

Onde se sente toda sua presença

Ela, como vento de verão, esquenta

Quando deveria, por generosidade, resfriar

Uma iguaria ao alho e à menta

Queimando por dentro

Fazendo o que está fora aumentar

Terra tremendo logo no epicentro

Jão Hugojony
Enviado por Jão Hugojony em 13/12/2018
Reeditado em 25/04/2024
Código do texto: T6525891
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