GAROA FINA

Fim de tarde chuva a cântaros,

começo de noite enrijece a saudade

que acaba unindo-se com a solidão

apenas para maltratar meu coração.

E este estado incorrigível depois

de dominar tudo faz questão

de fazer prosseguir noite adentro

entrando pela porta da fria madrugada.

E a partir daí inicia-se o meu

caminhar pela extensa floresta

de minha cama onde digladio

com as feras que me atormentam.

E a chuva insiste em cair, como gostaria

que fosse dos céus que caísse chuva de flores,

mas, não, são rajadas, ruídos prolongados

que fazem o chão debaixo estremecer.

De repente o sol com uma cor

pálida em meio à neblina tentando

dissipá-la, e eu com minhas lágrimas fiéis

companhias entremeadas por uma constante garoa fina...

Wil
Enviado por Wil em 15/12/2018
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