DA JANELA

Da janela, vejo a rua

E seus complexos.

Da janela, vejo a lua

E seus reflexos.

Da janela, a via escura,

Um carro parado...

Tudo é silêncio,

Menos pelos sussurros

Dos enamorados.

Da janela, sinto o tempo,

Sinto o vento,

O desalinho dos cabelos

E o desmanchar da maquiagem

Sobre a pele afogueada da mulher.

A janela, fecho sem barulhos

Para não espantar os arrulhos

Dos amantes em desatino.

Paulo Pazz

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 23/04/2019
Código do texto: T6630286
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