Mãe, feliz teu dia, viu?

Mamãe?

Me escutas daí onde estás?

sou teu filho, agora triste,

sem teus abraços felizes,

quase sem ninguém,

quase sem chão.

Mãe?

Cadê teu colo macio cheio de acalentos?

Por quais plagas passeias que não cruzamos

para sequer trocarmos um grande abraço?

Mãezinha querida

vou morrer de saudade.

Mesmo esse homem maduro, cheio de netos,

não tenho mãe, nem sossego,

por que há muitas faltas dentro da alma.

Dá-me teus braços de amor...

canta para adormecer meus sonhos

aquela canção que arrancava minha dor...

Mãezita!

Encontrar-nos-emos logo, ou algum dia.

Não desejo morrer, mas te encontrar,

para voltar a ter a vida feliz daquele filho amado.

Tu me entendes como nenhuma outra mulher.

Maria Madalena, a do Cristo e a Minha,

Duas santas Marias, duas mães adormecidas

A deixarem lembranças em minha vida.

Feliz dia das mães para ambas,

a sempre minha, e a outra também sempre santa

Poema inédito (12 de maio de 2019)

Paulino Vergetti