A Personificação do Lirismo
Eu, que não escrevo prosa ou poesia,
Que não falo como Machado ou um Caetano da vida,
Que não ouso Bandeira, tampouco Andrade;
Vi naqueles olhos a personificação do lirismo,
Era Capitu, e veja bem, quiçá um pouco mais.
A Monalisa de todo e qualquer entusiasta por aí.
Feita de versos simples em estrofes complicadas;
Composta, e tão além das partituras, assim, poetizada.
Petulância dos anjos não terem-na de asas, batizado
Arrogância minha pensar conseguir escrevê-la em meras rimas e palavras.
Poesias são assim, tão subjetivas, parafraseando versos de outros versos.
É incrível pensar em subverter os papeis,
Mesmo em assuntos assim, tão mundanos;
Vive ela fazendo questão de se provar tão singular aos roteiros e planos;
Parafraseando em si, de forma tão inocente; canções, saudades e flores de pano.
Eu, que não escrevo prosa ou poesia,
Que não falo como Quintana, e nem entendo muito das coisas da vida,
Que não conheço tantos poemas assim de Moraes,
Talvez aquele "Soneto de fidelidade" e poucas coisas a mais.
Vi naqueles olhos a personificação do lirismo,
Era a mais doce poesia, e veja bem, quiçá muito, muito mais.