A Personificação do Lirismo

Eu, que não escrevo prosa ou poesia,

Que não falo como Machado ou um Caetano da vida,

Que não ouso Bandeira, tampouco Andrade;

Vi naqueles olhos a personificação do lirismo,

Era Capitu, e veja bem, quiçá um pouco mais.

A Monalisa de todo e qualquer entusiasta por aí.

Feita de versos simples em estrofes complicadas;

Composta, e tão além das partituras, assim, poetizada.

Petulância dos anjos não terem-na de asas, batizado

Arrogância minha pensar conseguir escrevê-la em meras rimas e palavras.

Poesias são assim, tão subjetivas, parafraseando versos de outros versos.

É incrível pensar em subverter os papeis,

Mesmo em assuntos assim, tão mundanos;

Vive ela fazendo questão de se provar tão singular aos roteiros e planos;

Parafraseando em si, de forma tão inocente; canções, saudades e flores de pano.

Eu, que não escrevo prosa ou poesia,

Que não falo como Quintana, e nem entendo muito das coisas da vida,

Que não conheço tantos poemas assim de Moraes,

Talvez aquele "Soneto de fidelidade" e poucas coisas a mais.

Vi naqueles olhos a personificação do lirismo,

Era a mais doce poesia, e veja bem, quiçá muito, muito mais.

Poemista
Enviado por Poemista em 24/05/2019
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