VITÓRIA

Cada passo seu

no fluxo do tempo

inconsciente

e inaudito,

desentedemos.

Nós,

homens simples,

homens livres.

Já desnaturais,

nem pensamos

pasmos

em nossas aflições

e histórias,

que nos arrebata

uma dessas horas!

Mas permaneçamos

a cantarolar suas vitórias!

Seu martírio

tão íngrime,

latejante,

secto e frío,

jamais saudará fracassos,

se depender de você.

Eu sei!

Sua brandura em mim se refez.

Bye, tchau, não a direi.

Eis que já

almejo o seu abraço,

em meu momento,

quando chegar a minha vez.

Jamais se esqueça de mim,

quando abrir a porta

e for embora.

(RODRIGO PINTO)