Sombra dos Sozinhos
Logo às seis, de começo e sem fim, te
abraço e te enlaço, e logo, pagens
coloridos nos servem rosas e
esperanças e depositam também ramos
de dúvidas.
É manhã de Novo Dia.
Uma densa mistura
de ontem e hoje.
Um caos apaziguado.
Sei gracioso, que é nosso início,
sei, enlouquecido,
que é também o prenúncio
do fim.
Que cidras sejam servidas e a cubram
de branco.
E que me sirvam vinho para
que os deuses que nos separam fiquem
sedentos.
Vou a caminho de um céu que não existe,
e você vai se banhar à sombra
dos sozinhos.