Amar
Quero amar! Quero de ternura, habitar-me
No teu espírito! Padecer e apreciar essa aflição
Que desfalece de amor! No teu íntimo, em tua graça,
Na tua fraqueza e no teu cáustico lamento
Quero anelar-me de desânimo!
Quero ainda em teus lábios beber
Os teus amores procedentes das nuvens,
Quero em teu colo falecer-me
No encanto do teu amor!
Quero também de sonhos viver,
Quero alem disso vibrar e experimentar!
E na tua perfumada trança
Quero supor-me dormindo a amar!
Chegue, amor, minha adolescente,
Meu espírito, minha essência!
Que fim de tarde, que anoitecer admirável!
Como é doce da alma a clemência!
E entre os imortais da calma brisa
Do entardecer à branda juventude,
Quero contigo viver todo instante,
Morrer de amor sem ninguém me acudir!