Teares
Terno gesto, meiga intenção
Me acaricias, com carinho
O teu olhar, distante e doce
Me embevece, me dobra
E tece na imaginação
Novelos, tecelã de tessituras
Dos panos que me costuras
Que me embrulhas e embalas
Em toscos teares, urdiduras
Nos fios perpendiculares
Quando cruzam horizontes
Enganados, os meus planos
Que tanto desenho e traço
No teu regaço e me enlaço
Nesse meigo e distante olhar
antonio noronha
Agosto 19