Amar em Veneza
no charme genuíno de Veneza... aquele lugar...
Tatuado para sempre em minhas retinas,
o desejo confortante de voltar.
Com o Grande amor se não for pedir demais.
Gondolar de mãos dadas escutando ‘Come è Triste Venezia’,
desfilar pela piazza de San Marco
ao som dos inúmeros violinistas e violoncelistas
espalhados entre os transeuntes ao fim da tarde,
ter um pôr do sol entre as embarcações,
me perder de rir e de me localizar
dentro da coleção de vielas parecidas
cada qual com suas lojinhas
e tantos comércios que nos atendem ao bom italiano.
Apontar a diversidade de bandeirolas
nas sacadas de casas coloridas.
Subir a dois na ponte Rialto e contemplar por um tempo
as gôndolas e vaporettos indo e vindo.
Se enamorar à noite sentado à beira de algum dos milhares de canais estreitos onde a iluminação existe apenas pelo reflexo da lua
e algumas lamparinas nas janelas, parecendo até,
estarmos perdidos em algum século medieval.
Todo um passeio regado a vinho, sintonia e bom humor.
Curtir um fim de noite de cansaço, conversa e amor.
E certamente um pedido de casamento,
daqueles com certeza de ser pra sempre ,
em qualquer ponte pequena e discreta
das inúmeras por lá arranjadas com flores.
E por fim, não caber mais em mim.