O Meu Amado Em Versos

Mãos

Como andarilhos que passeiam sem pressa,

Que sabem o caminho certo,

O tempo exato de chegar.

Suas mãos são versos livres.

Sentimentos contidos nessa pele branca.

Quando tocas em mim,

Deixas marcado na alma minha

Uma poesia eterna.

Pele

É na maciez da pele tua

Que minha “morenice” perde-se em encantos

Deslizar entre as poesias de Neruda,

Mergulhar despida no mar da Ilha Negra,

Deitar na relva e nomear as estrelas

Nada.

Nada disso me é tão saciável

Quanto a maciez da pele tua.

Boca

Passaria a eternidade apenas admirando-a

Desejando-a como desejo minha própria vida

Extremos unidos nessa abertura rósea

O pecado e a virtude de ser

Possuída e depois imaculada

Pelos lábios teus.

Braços

O porto mais seguro

Que meu corpo,

Que minha alma,

E minha poesia

Encontraram.

Repousaram.

Saciaram-se.

Não me solte nunca mais.

Cinthya Danielle dos Reis Leal
Enviado por Cinthya Danielle dos Reis Leal em 04/10/2007
Código do texto: T680056