A enchente do rio Santana

Não devo negar o óbvio

Meu canto até existe

Mas persiste em não reverberar

Sofreguidão sem fim

Não ser feliz nem infeliz, como será?

Minha alma diz para consolo meu

Viver da melhor forma

A beleza uni e desuni

A natureza perene ama

Aos que dela cuidam...

Transbordam rios

E o Santana com sua ponte invisível

Consome toda gratidão

Que grátis foi por piedade

Na bondade dos deuses

Que nem mais existem...

Façamos da enchente um lição

Praticando a solidariedade

Que na verdade imaterial

Todos tem para dar

Sejamos simplesmente nós, nós sempre nós.

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Obs.: O rio Santana corta a cidade de Sericita na Zona da Mata de Minas Gerais - Brasil.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 26/01/2020
Reeditado em 26/01/2020
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