ARREPENDIMENTO

Ao lado boa moça eu já fui apresentado, agora, estou curioso pelo outro,

Solto, envolto em mistérios, céus e véus, danças, vinhos e descaminhos,

Objeto predileto do imaginário incendiário e acompanhado de encontros,

Pontos não explorados, como a morena pele que impele, tonteia e seduz.

Não sei se a pressa de quem come bolo quente, não embrulha presentes,

Chega a assustar ou converge às propostas indecentes, incandescentes,

Outrora as raras estrelas cadentes permitiam o flerte com tantos perigos,

Hoje amigos, convivem como se a intimidade estivesse sempre presente.

Do limiar onde dissimular não permitiria avanços, foram inconsequentes

Entre brasas, frio, chuva, ventos, contratempos e perto de antigos medos,

Arremedos que limitavam os passos, encobriam espaços mágicos e reais,

Finalmente expostos, dispostos a múltiplos usos, confusos e sensacionais.

Com o ponto mais extremo acessado, sentimento gravado e materializado,

Ousaram usufruir e persuadir, extrair o que de melhor pudessem encontrar,

Entre loucuras, travessuras, deliciosas aventuras, barganharam por prazer,

Convencidos, sem querer, de que já deveriam ter feito isso há muito tempo.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 16/02/2020
Reeditado em 14/04/2020
Código do texto: T6867750
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