Eu não Pedi

Ouço os sons deste mundo

Em meus ouvidos de existência precoce

E com os olhos vejo a natureza morta

Com o paladar o doce da uva doce

Mas não devo tatear atrás da porta

Pois voltarei em breve ao meu calabouço

Com grades negras e feias

E o meu riso é tudo que ouço

Com meu bico torto, como a ave que gorjeia

Mas o meu chão é um lúgubre fosso

Não é o destino que eu me pedi

Esta tortuosa sombra escurecendo a areia

Eu peço a Deus que me tirem daqui

Que me desgrudem desta pegajosa teia

Desta dor que em minha mão espremi

Agora já não me sinto e na prática,

Não descerei mais as escadas

É mais fácil a morte que a moral estática

Esta na hora da partida e não da chegada

Pois toda a tranquilidade da minha alma,

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . é trágica!

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 13/03/2020
Código do texto: T6887009
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