Os longos dias sem ti
À Marisa de Sousa Brito
Aqui vi várias noites morrerem na claridade do dia,
Dias que se arrastam morosos nessa ilha remota
Em meio essa gente estranha, às vezes idiota,
Que me cerca de frio e vazio nessa longa estadia.
Por vezes, sinto teus dedos em minhas lágrimas
Percorrerem meu rosto, ouvindo a lembrança do teu riso
Ecoar na minha saudade, e a respiração paraliso
Imaginando teu calor em meus braços belíssima.
Você se desfaz nos meus braços como a névoa da alvorada,
E a realidade me puxa como âncora de volta a jornada,
Para levar para ti o melhor de mim depois da provação.
A tua espera por mim fortalece minha carcaça,
Como o soldado que vai pra guerra lutar contras as ameaças,
E defender tudo que motiva a sua respiração.