Minha alma, minha calma...

Se me olhas através da escuridão

Logo vê-me a te contemplar...

Lá estou a buscar em ti inspiração

E também memórias resgatar...

Me espia através do tempo...

Numa eterna busca por resposta

Nada te serve de alento...

E tua alma se encontra exposta...

Contemplo tua face iluminada...

Por entre nuvens e estrelas frias

A minha paixão está procrastinada...

Perdida em meio a tanta idolatria

Me perco em tuas fases diversas...

Enquanto brincas com tua chama

Seria à mim, uma licença perversa...

Dizer o quanto tua luz se derrama

Vives para que não se perca de mim...

Nas inúmeras vindas deste mundo

Teme que não te reconheça assim...

Ainda que eu seja o seu vagamundo

Tenho sido à ti a falta de tua calma...

Pois venho e vou num tempo eterno

Sei que nossas vidas são almas...

Que amam verão e também inverno

Ainda sim, desta maneira somos um...

Que não pode do outro prescindir

Sou nobre guerreiro filho de Ogum...

Cujo brilho teu sempre irei refletir

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 12/05/2020
Código do texto: T6945585
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.