ABSOLUTA VERDADE

Não há como evitar,

O despertar do meu sono,

Sem estar em um imenso estado,

De vivência em meio ao abandono.

Nesta certeza da alma,

Que no caos consegue a calma,

Em tudo o que representa,

Conhecer o pouco de si.

Até mesmo a cena,

Menos imprevisível de ser,

Ainda que não estejas nela,

Eu te vejo por trás de um espelho.

Revelado no principal ato,

No palco em que surge a tarde,

De um jeito tão longe... perdido,

Da energia de um teatro vivo!

E tudo vem a ser encontrada,

Quando em breves pensamentos,

Visualizo a pequena curva,

Cuja estrada não existe sem você.

Então, me deparo com o ser,

Que age dentro de mim, insistente,

Louco pra enxergar a porta,

Levando-me a ilusão de seu rosto.

No qual, muitas vezes está nu,

E em outras, aparece encoberto.

Isso, por atemporalidade de luz,

Envolvendo os sentidos despersos.

Sugiro que não me faça esperar,

Convencendo-me de te deixar ir...

Pois é em ti a razão do desespero,

Ansiar tanto pela absoluta verdade.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 23/08/2020
Código do texto: T7043916
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