Prisão eterna e sã
Nessa noite grito por desculpa!
Por favor, leve de mim toda a culpa!
Minha consciência arde por punição
Mas por favor não me deixe com a solidão!
Não quero essas memórias!
Não quero atuar nessas histórias!
Grito e não consigo fugir
Pois espero algum dia surgir
Uma luz no alto daquela montanha
Uma forma de artimanha
Que me leve para além do bem e mal
De forma simples e normal
Pois normalidade é o seu caráter
Que me condenou a esta forma de arte
Onde vaga entre o devaneio do escapismo
Até a lucidez do pessimismo
Como forma de me livrar
Só me resta me matar
Com caneta e papel
Espero te encontrar no céu
Antes disto, clamo por salvação!
De um anjo que atravessou os portões da eternidade
Mantendo o espírito são
Preso por correntes da sanidade