Amor clandestino

Distração minha

Passar por sua rua tão vagarosamente

Vi no reflexo da sua janela

Nossos corpos sentados na calçada

Tomados pelas risadas

Apontando espada afiada

Para o tempo que só esgotava

Se esquivando de tempestades

Ruidosas por suas inquietações

Abismado olhávamos

E admirávamos a garganta

Que sempre coçava diante de nós

Agradeci olhando para o número

Da sua antiga casa

Fomos importantes

Para suportarmos

Esta época de amores clandestinos

Que tinha o futuro fora de alcance

Por causa de sorrisos compridos

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 02/12/2020
Código do texto: T7126222
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