Amor clandestino
Distração minha
Passar por sua rua tão vagarosamente
Vi no reflexo da sua janela
Nossos corpos sentados na calçada
Tomados pelas risadas
Apontando espada afiada
Para o tempo que só esgotava
Se esquivando de tempestades
Ruidosas por suas inquietações
Abismado olhávamos
E admirávamos a garganta
Que sempre coçava diante de nós
Agradeci olhando para o número
Da sua antiga casa
Fomos importantes
Para suportarmos
Esta época de amores clandestinos
Que tinha o futuro fora de alcance
Por causa de sorrisos compridos